A Cardiologia é uma das especialidades médicas com maior progresso tecnológico nas últimas décadas, permitindo que o cardiologista tenha uma miríade de exames para o diagnóstico, prognóstico e acompanhamento das cardiopatias.
A todo momento surgem novas tecnologias e aprimoramento dos métodos já conhecidos ou inovações permitindo conhecer com maior profundidade o Coração Humano, seu funcionamento e disfunções patológicas.
Os testes podem ser funcionais, ou seja, avaliam uma função ou desempenho cardíaco.
Testes Funcionais
O mais antigo e tradicional é o eletrocardiograma que avalia a função elétrica do coração e frequentemente se altera com as cardiopatias. É um exame consolidado, não invasivo e barato e está incorporado a consulta cardiológica.
Podemos citar também como testes funcionais o teste ergométrico que avalia a resposta cardiovascular ao esforço; a cintilografia do miocárdio que avalia a perfusão do miocárdio com stress (exame de medicina nuclear), holter de de 24 h que é um ecg simplificado e contínuo para investigação de arritmias e muitos outros…
Testes Anatômicos
Os testes anatômicos avaliam o tamanho, a morfologia e a estrutura do coração.
O mais antigo é a radiografia de tórax que avalia a forma e a dimensão cardíaca impressa ou expressa pela área cardíaca e seus vasos pelo RX.
Também podemos citar a coronariografia que é a luminografia das artérias coronárias após injeção de contraste, as tomografias e ressonâncias magnéticas que dão um detalhamento acurado e preciso da anatomia.
Existem, ainda, os testes que permitem avaliar anatomia e função. O exemplo mais contundente é o ecocardiograma que pelo ultrassom permite avaliar o tamanho das câmaras cardíacas, integridade valvar, funcionamento do coração como bomba, avaliação de fluxos e resistências. É um exame que fornece muitas informações a custo baixo e seguro.
Numa coronariografia que é um exame anatômico, quando realizamos a ventriculografia, que é a injeção do contraste e acompanhamento do ciclo cardíaco, temos uma importante e valiosa informação da função ventricular.
Na ressonância cardíaca magnética também temos informações funcionais avaliando o ciclo cardíaco e podemos submeter o paciente a um stress para aprimorar e refinar estas informações. Enfim poderíamos citar inúmeros exemplos.
Analisando os dados
O importante é que o exame deve responder a uma pergunta ou dúvida manifestada pelo cardiologista, e a resposta do exame só será adequada se a pergunta foi bem formulada.
Para tanto é importante ter um profissional capacitado que converse com o paciente (anamnese) e o examine! Desta maneira e dentro do raciocínio clínico ele formulará hipóteses, tratamentos e selecionará aqueles exames necessários para o correto acompanhamento do mesmo.
Portanto, o exame por mais sofisticado que seja, não substitui o julgamento clínico de um bom médico. Exames devem ser pedidos com critérios e excesso de exames não é boa medicina!
Também nada vale executar todos os exames cardiológico anualmente (checkup) e não seguir a orientação médica e a prescrição.
Eles indicam um caminho, mas que deve ser trilhado pelo paciente conforme orientação médica.
Aproveite e agende uma consulta conosco.