Os cigarros eletrônicos, popularmente conhecidos como vapes, têm ganhado destaque entre os jovens brasileiros.
Embora sejam frequentemente promovidos como alternativas menos nocivas ao cigarro tradicional, evidências crescentes indicam que eles representam sérios riscos à saúde pulmonar e, em alguns casos, criando até mais danos que o cigarro comum.
Atração Jovem e Dependência
A variedade de sabores doces e frutados dos vapes atrai muitos jovens.
Relatos indicam que alguns usuários começam a fumar em festas, apreciando o “gosto bom” do cigarro eletrônico.
No entanto, essa prática pode evoluir rapidamente para um vício, com indivíduos consumindo dispositivos de milhares de tragadas mensalmente.
A dependência se manifesta de forma intensa, com usuários relatando a necessidade constante de ter o dispositivo por perto, inclusive durante atividades rotineiras como assistir TV ou ir ao banheiro.
Riscos à Saúde Pulmonar
Especialistas alertam para os danos potenciais dos cigarros eletrônicos.
O consumo de vapes pode levar a uma intoxicação por nicotina tão alta quanto, ou até pior, que nos usuários de cigarro tradicional.
Além disso, a inalação de compostos presentes nos líquidos dos vapes pode causar inflamação e danos ao tecido pulmonar, aumentando o risco de doenças respiratórias.
Um dos principais problemas associados ao uso de cigarros eletrônicos é a EVALI (E-cigarette or Vaping Use-Associated Lung Injury), uma doença pulmonar grave relacionada ao uso desses dispositivos.
A EVALI foi identificada nos Estados Unidos e está associada ao uso de produtos de vape contendo acetato de vitamina E, uma substância que pode causar inflamação severa nos pulmões, resultando em dificuldade respiratória, tosse persistente, dor torácica e, em casos mais graves, insuficiência respiratória.
A Ilusão da Segurança
Muitos usuários acreditam que os vapes são uma alternativa segura ao cigarro convencional.
No entanto, essa percepção é enganosa.
A falta de regulamentação e controle sobre a composição dos líquidos utilizados nos dispositivos eletrônicos resulta na exposição a substâncias tóxicas e cancerígenas.
Além disso, a facilidade de acesso e a comercialização direcionada aos jovens contribuem para a disseminação do uso e o aumento dos casos de dependência.
Proibição no Brasil e Venda Ilegal
No Brasil, a comercialização, importção e propaganda dos cigarros eletrônicos são proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Apesar disso, o mercado clandestino ainda distribui amplamente esses dispositivos, vendendo-os em lojas físicas e online.
Essa falta de controle sobre a procedência dos produtos agrava ainda mais os riscos à saúde, uma vez que muitas vezes não há informação sobre a composição dos líquidos inalados pelos usuários.
Os cigarros eletrônicos representam uma grave ameaça à saúde respiratória, especialmente entre os jovens, apesar de muitos os considerarem inofensivos.
Por isso, precisamos aumentar a conscientização sobre os riscos do uso de vapes e promover políticas de saúde pública que restrinjam seu acesso e uso, protegendo as gerações futuras dos perigos do tabagismo eletrônico.
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